Representantes de 30 entidades membros do Comitê da Bacia do Rio Urussanga participaram da trigésima Assembleia Geral na quarta-feira, dia 6, na sala de reuniões do Paraíso da Criança, em Urussanga. Na oportunidade foi apresentada a situação atual do funcionamento do Comitê em relação aos aspectos administrativos e financeiros. O presidente José Carlos Virtuoso ressaltou as dificuldades da diretoria na condução das atividades do Comitê. Os recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos destinados à operacionalização dos Comitês de Bacias Hidrográficas para o ano de 2015 ainda não foram disponibilizados.
"Em 2014, os recursos foram liberados somente em junho, por meio da entidade parceira no repasse dos recursos do FEHIDRO, e, apesar de ter sido prorrogado o prazo para a aplicação dos recursos até dezembro de 2015, esses recursos ficaram indisponíveis a partir de dezembro/2014, por problemas internos enfrentados pela entidade repassadora. Uma das fragilidades dos Comitês de Bacias Hidrográficas é a dependência de uma entidade parceira para receber recursos destinados a sua operacionalização, uma vez que os Comitês de Bacias Hidrográficas são órgãos colegiados, integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, mas sem personalidade jurídica", explicou Virtuoso.
O representante titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, no Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Renato Bez Fontana, informou que a Diretoria de Recursos Hídricos definiu três prioridades para este ano. "Promover o fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, a Outorga da Água e agilizar o andamento do processo de licitação da elaboração dos Planos de Bacia são as prioridades. Há previsão de lançamento do edital de licitação do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Urussanga, ainda neste semestre”, frisou.
A apresentação da palestra “Extração sustentável de argila” foi destaque durante a assembleia. O presidente da Cooperativa de Exploração Mineral da Bacia do Rio Urussanga (Coopemi), Sergio Pagnan conduziu a palestra e destacou a busca constante do setor em aliar competitividade e sustentabilidade nas áreas de exploração mineral. A reação diante das dificuldades que o setor enfrentou ao longo da década passada virou um case de sucesso com premiação nacional, em 2013. "As práticas individualistas e desrespeito aos procedimentos típicos de uma mineração sustentável foram aos poucos sendo abandonados. A partir de 2009, a cooperativa passou a gerenciar e explorar as áreas de forma legalizada, retornando a lavra em terrenos abandonados e promovendo a mineração sustentável", salientou.