Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Timbó

Último dia de Capacitação finaliza discussão sobre Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Eventos Hidrológicos Críticos

30/10/2020

Com a intenção de capacitar membros dos Comitês e interessados em questões relacionadas aos recursos hídricos, o último dia de Capacitação Conjunta dos Comitês do Planalto de Santa Catarina destacou o Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos e Eventos Hidrológicos Críticos. Participaram o Vice-presidente do Comitê Antas, Anderson Rhoden, o Sargento Bombeiro da Defesa Civil de Canoinhas, Clodoaldo Ribas dos Santos e o Coordenador da Sala de Situação de Santa Catarina (ANA - EPAGRI), Guilherme Xavier de Miranda Junior.

O evento iniciou com a fala do Vice-presidente sobre o trabalho de elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio das Antas e bacias contíguas e afluentes do Peperi-Guaçu. O documento foi dividido em etapas para sua elaboração. A primeira iniciou os trabalhos a partir do diagnóstico dos atores sociais da localidade, abrindo diálogo para interessados em participar da criação do documento. A segunda etapa realizou o diagnóstico socioeconômico e ambiental sendo seguido pela terceira fase, responsável por analisar a disponibilidade, demanda, quantidade e qualidade da água superficial e subterrânea. A etapa seguinte, denominada “D”, fez o prognóstico dos recursos hídricos, a curto médio e longo prazo, em diferentes cenários. Por fim, a partir dos diagnósticos e prognóstico das fases anteriores, determina-se o plano propriamente dito.

“O Plano vai guiar as ações que vão ser tomadas dentro da bacia hidrográfica. Para sua elaboração é fundamental a participação da sociedade. [...] Ele deve ser feito de forma transparente, atendendo a demanda da maioria das pessoas. Dificilmente conseguirá agradar a todos, mas deve-se ouvir a população da bacia para tomar as melhores decisões ao elaborar o plano e na hora de propor ações e projetos para resolver os problemas ou minimizar os impactos de estiagem ou chuvas torrenciais. Necessita-se da participação dos usuários, sociedade civil e do poder público. Todos com vez e voz para elaborar o Plano de Recursos Hídricos”, observa Rhoden.

Eventos Hidrológicos Críticos

Após a fala do Vice-presidente, a discussão seguiu para a temática dos Eventos Hidrológicos Críticos, com a colaboração do Sargento Bombeiro Clodoaldo Ribas dos Santos, da Defesa Civil da região do Planalto Norte. Segundo Santos, tais fenômenos se caracterizam pelo excesso ou falta d’água, podendo estar acompanhados de vento, granizo ou raios. Além disso, possuem potencial de causar danos à infraestrutura de cidades e no saneamento básico de populações.

Conforme estudo feito pelo Coordenador de Proteção e Defesa Civil Regional Xanxerê, Luciano Peri, o qual reúne dados para escrever um livro sobre eventos hidrológico extremos, Santa Catarina possui a maior diversidade de desastres do Brasil. “O estado é a segunda região do mundo com maior probabilidade de ocorrência de tempestades severas. Além disso, possui a maior perda per capita por quilômetro quadrado no Brasil, em decorrência de seguidos eventos críticos”, destacou Santos, em referência ao estudo de Peri.

Também abordando Eventos Hidrológicos Críticos, o Pesquisador e Coordenador da Sala de Situação da ANA/Epagri, Guilherme Xavier de Miranda Junior, destacou o trabalho da entidade ao lidar com os fenômenos. “A fala deu ênfase à questão de estiagens e enchentes, reforçando a necessidade de conhecimento dos principais consumidores de água e onde eles estão localizados. Além disso, o palestrante apresentou um diagnóstico da situação de disponibilidade hídrica versus demandas, para que seja possível determinar áreas mais críticas e trabalhar em cima dessa situação de modo preventivo. Também foi possível entender a necessidade de um plano de contingência para situações que venham a ocorrer, onde as medidas preventivas não forem suficientes”, destaca o Presidente do Comitê Timbó, Clésio Leonel Hossa.

Avaliação da Capacitação após o segundo encontro

De acordo com a Assessora do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, Biguaçu e Bacias Contíguas, Isis Mayna Martins dos Reis, os dois dias de capacitação proporcionaram entendimento a respeito de planos de recursos hídricos em escala nacional, estadual e de bacia hidrográfica. “Foi possível evidenciar a importância da participação dos comitês na elaboração dos planos e também a relevância da divulgação da comunicação, articulação e mobilização social antes, durante e depois da elaboração do plano de bacia”.

Outro participante foi Antonio Carlos Mesquita Leite, membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Contíguas. Para Antonio, a qualidade das falas foi espetacular. “Na primeira palestra achei bastante significativo a presença do Marcelo. Ele fez um trabalho de levantamento fantástico em nossa bacia. E os demais profissionais que participaram foram muito sólidos e consistentes em suas colocações e relevância”.

A capacitação foi realizada pela Entidade Executiva APASC, juntamente com os Comitês Timbó, Canoas-Pelotas e Canoinhas e Afluentes do Rio Negro. Os participantes dos dois dias receberão certificado, com carga horária de quatro horas.

Fonte: Assessoria de Comunicação APASC a serviço do Comitê Timbó.

Parceiros Parceiros Parceiros Parceiros

(48) 3665-4200

Horário de Atendimento:

2a a 6a | 12h às 19h

Rod SC 401, km5, 4756 Ed. Office Park, bl. 2

Saco Grande, Florianópolis CEP 88032-00