O ano de 2024 foi marcado por inúmeras atividades e eventos na Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe, organizadas, mobilizadas e mediadas pelo Comitê Peixe. Parte dessas ações esteve à cargo da Câmara Técnica de Crise Hídrica (CTCH), responsável por auxiliar a presidência e secretaria executiva no debate das questões relacionadas a situações de crise hídrica, seja por escassez de água ou excesso de chuvas, além de contribuir na mediação e arbitragem de conflitos relacionados aos recursos hídricos.
No último dia 03 de dezembro, a CTCH se reuniu, por meio de videoconferência, para a sua última reunião do ano de 2024. Dentre os itens de pauta, esteve a discussão e encaminhamentos sobre o projeto de “Diagnóstico Socioambiental, restauração, proteção e monitoramento da nascente do Rio do Peixe”. O referido documento se trata de um antigo anseio do Comitê: desenvolver estudos e ações voltados para a restauração e conservação da área da nascente do Rio do Peixe e seu entorno, buscando a integração de práticas sustentáveis locais e a garantia da disponibilidade dos recursos hídricos de toda a bacia hidrográfica.
As discussões do grupo demonstraram que a realização do projeto, além de trazer benefícios ambientais, tanto para qualidade como para a quantidade de água e de toda a biodiversidade do local, também proporcionará o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e ecoturismo, envolvendo toda a população da bacia, além de se tornar referência de estudos ambientais para a própria bacia e outras.
No entanto, para cumprir os objetivos previstos no projeto, é preciso que haja amplo conhecimento do território, mobilização de agentes estratégicos e a boa relação e articulação com os agentes locais, contando com a efetiva parceria desses na proteção e intervenção em suas áreas. Como parte fundamental das ações do projeto, entende-se a necessidade de criar um arranjo institucional, envolvendo órgãos públicos e a iniciativa privada. Em suma, faz-se necessário que o Comitê Peixe, por meio dos seus representantes, e a sua entidade executiva, somem esforços e desenvolvam amplo trabalho de articulação.
Nesse sentido, a Câmara Técnica de Crise Hídrica se colocou à disposição para ser um dos entes articuladores. Como encaminhamentos da reunião, ainda para o fim de 2024, os representantes se comprometeram em revisar o conteúdo do projeto e propor ajustes e atualizações. Em 2025, o grupo dará seguimento ao trabalho, atuando diretamente na articulação e mobilização de agentes que possam contribuir, institucional e/ou financeiramente.