Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio das

Antas, Bacias Hidrográficas Contíguas e Afluentes

Catarinenses do Rio Peperi-guaçu

Dia Mundial do Meio Ambiente: Presidente do Comitê Antas enfatiza o relevante papel dos CBHs Destaque

05/06/2024

Nesta quarta, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) faz alusão ao ano de 1972 quando, neste mesmo dia, acontecia a Conferência de Estocolmo. O momento foi um marco diante da assimilação dos desafios crescentes quanto ao aquecimento global, a poluição dos rios e mares, entre outros efeitos da ação humana sobre a Terra.

A contribuição dos Comitês de Bacias Hidrográficas no trabalho de conscientização e mobilização da sociedade acerca da preservação do Meio Ambiente, sobretudo a água, tem sido significativa. Na opinião do presidente do Comitê Antas e Afluentes do Peperi-guaçu, Anderson Clayton Rhoden, os CBHs desenvolvem um relevante papel. “Os Comitês de Bacia têm um papel importante junto a sociedade, ser o parlamento das águas e dar voz e vez aos representantes da sociedade, o que vem acontecendo no Comitê Antas. O Comitê traz a discussão e leva informações à sociedade não só sobre a água, mas o meio ambiente de maneira geral, afinal, tudo na natureza está interligado. O Comitê tem sido ativo participando de eventos, proferindo palestras, instigando a sociedade a pensar melhor sobre a qualidade e quantidade de água que quer e fazer o seu melhor uso para garantir que não falte. Ações são feitas e a sociedade vem entendendo isso muito bem, tanto que sentimos uma evolução nas discussões, participações e tomadas de decisão das lideranças e das pessoas em geral, o que muito tem a ver com a presença do Comitê na região e a representatividade que tem de forma ativa em todos os rincões do Extremo Oeste Catarinense”, assinala.

Um dos temas mais inquietantes da atualidade são as enchentes no Rio Grande do Sul, que devastaram grande parte do estado. Para Rhoden os CBHs têm muito a contribuir nessas discussões. “O Comitê como colegiado e composto por organizações-membro que representam a sociedade, pode contribuir quando convidado a participar das avaliações e tomadas de decisão quanto ao que fazer e o que pensar para o futuro visando evitar novos desastres. Sabemos que a próxima estiagem e a próxima enchente estão por vir, só não sabemos quando, então é fundamental o poder público, a sociedade civil e os usuários de água procurarem o Comitê e permitir que participe das discussões, afinal, o Comitê tem um Plano de Recursos Hídricos com um Plano de Ação, Metas e Objetivos pensados no que ocorreu no passado, está ocorrendo no presente e vislumbrando o futuro, portanto, tem subsídios para ajudar a sociedade a vencer os obstáculos e a permitir que a recuperação ocorra. Para os desastres no RS, é preciso agir e dar tempo ao tempo, até porque não se consegue resolver tudo rapidamente dado o estrago que houve e, principalmente, as vidas perdidas, mas é preciso ser feito algo e nada melhor do que a sociedade, junto com os órgãos competentes e Comitê da bacia pensarem para somar ideias e criar um plano de ação visando minimizar o sofrimento atual e reduzir as possibilidades de novos eventos catastróficos futuros. Reforço, é importantíssimo a sociedade e as lideranças abrirem espaços para os Comitês de Bacia, pois somente juntos é que será possível construir um futuro melhor”, avalia.

Os CBHs exercem um importante papel de mobilização da sociedade. Anderson Rhoden destaca a importância do fomento aos debates relativos às questões ambientais, sobretudo, a água, com a participação da sociedade. “A sociedade tem representatividade no Comitê e por isso há um grande potencial de mobilização, a imprensa abre as portas para o Comitê e permite a comunicação com a sociedade, o Comitê tem argumentos e ações que permitem a sociedade atender o chamamento e a participar, mesmo que não em quantidade, mas por suas lideranças, há representatividade e ações conjuntas, o que ajuda, de certa forma, a sensibilizar e mobilizar a sociedade. Sabemos que é um papel árduo buscar a sociedade para participar das ações e gestão das águas, mas temos foco e somos incansáveis para atingir o objetivo que é o da sociedade decidir, por si só, o que quer para si e para seus filhos. Enfim, o Comitê tem poder de mobilização, mas a sociedade precisa entender que deve participar, afinal, estamos lutando para o bem do meio ambiente e da sociedade. Saliento que o Comitê não é impositivo, é participativo e colaborativo, mas para isso, é importante que a sociedade e lideranças permitam a parceria, afinal, todos queremos o bem comum e atingir um desenvolvimento considerado sustentável,” pontua.
A maioria das cidades brasileiras convive com a falta de um planejamento urbano, que ofereça mais segurança às populações. Grande parte das cidades estão vulneráveis à incidência dos desastres naturais. Para Rhoden, é preciso uma mudança de atitude      para reverter esse quadro. “Não é fácil lidar com o meio urbano, muito asfalto, impermeabilização, tomadas de decisões por setores da sociedade que muitas vezes observam somente o econômico e esquecem que o ambiental é fundamental para haver desenvolvimento econômico. Fazer as pessoas e até mesmo lideranças do meio urbano participar e entender que é necessário mudar algumas atitudes e planejamentos é complicado, todavia, o Comitê não pode perecer diante disso, tem que assumir a responsabilidade, estar ativo e participar, não somente o presidente, mas a Presidência, Câmara Técnica, organizações-membro, todos são o Comitê e precisam vestir a camisa e serem ouvidos, pois a luta é em prol da sociedade. Também, os Comitês devem levar o Plano de Recursos Hídricos para as reuniões e discussões de Planejamento Urbano, falar sobre o documento que é o guia para a gestão das águas na bacia hidrográfica, o documento que traz planos, metas e ações que devem ser realizadas para que se tenham menos problemas com desastres naturais e se reduzam as vulnerabilidades do meio urbano, porém, as lideranças e a sociedade devem querer isso, caso contrário, nada poderá ser feito e melhorado da forma como deve ser,” finaliza.
O professor Dr. Jairo Marchesan - Coordenador Geral da Entidade Executiva de Fortalecimento aos Comitês de Bacias Hidrográficas - Grupo Uruguai Oeste vinculado à Universidade do Contestado (UNC) - contextualiza a história do Dia Mundial do Meio Ambiente, enfatizando a importância dessa data. "O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 05 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia, por ocasião da Conferência Mundial do Meio Ambiente. Foi a primeira vez que as lideranças mundiais pararam para refletir sobre os problemas socioambientais globais e suas consequências. É uma data para chamar atenção de toda a sociedade pelos problemas ambientais que se apresentam, bem como, promover a compreensão e reflexão das causas e consequências das alterações e efeitos negativos ambientais, além de estimular a sociedade a contribuir no processo pela busca da minimização ou resolução dos problemas socioambientais que lhe afligem", sublinha.
Marchesan acentua a relevância dos debates e reflexões acerca do meio ambiente. "As questões ambientais precisam ser incorporadas por todos cotidianamente. Afinal, as pautas ambientais estão na ordem do dia. Dito de outro modo, é preciso colocá-las em nossas agendas diárias, seja, refletindo permanentemente sobre as mesmas em nossas relações e condições de produção, consumo e descarte, além das questões políticas, econômicas e de justiça social. Por isso, a necessidade de mobilizar amplamente e sistematicamente a sociedade para conhecer e reconhecer os seus problemas ambientais, mas, sobretudo, se envolver no processo da busca de soluções para aquilo que lhe afeta negativamente", finaliza.

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