Nesta quarta, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) faz alusão ao ano de 1972 quando, neste mesmo dia, acontecia a Conferência de Estocolmo. O momento foi um marco diante da assimilação dos desafios crescentes quanto ao aquecimento global, a poluição dos rios e mares, entre outros efeitos da ação humana sobre a Terra.
Conforme o Professor Dr. Jairo Marchesan, Coordenador-Geral da Entidade Executiva de Fortalecimento aos Comitês de Bacias Hidrográficas do Grupo Uruguai Oeste vinculado a Universidade do Contestado (UNC), a data visa “chamar atenção de toda a sociedade pelos problemas ambientais que se apresentam, bem como, promover a compreensão e reflexão das causas e consequências das alterações e efeitos negativos ambientais, além de estimular a sociedade a contribuir no processo pela busca da minimização ou resolução dos problemas socioambientais que lhe afligem.”
Nas palavras do Presidente do Comitê Canoas e Pelotas, Altherre Branco, os Comitês de Bacias Hidrográficas têm desempenhado um papel fundamental na conscientização e mobilização da sociedade em relação à preservação do meio ambiente e, em especial, da água. “Essas ações e iniciativas demonstram a importância dos Comitês de Bacias Hidrográficas na promoção da conscientização e mobilização social para a preservação dos recursos hídricos, garantindo a sustentabilidade e qualidade de vida para as futuras gerações”, menciona, destacando contribuições do órgão voltadas à educação ambiental, planejamento e gestão, articulação e parceria, entre outros projetos.
Quanto à gestão de impactos como os vislumbrados no território do Rio Grande do Sul devido às recentes enchentes, o Presidente aponta para a potencial colaboração significativa dos Comitês de Bacia quanto a gerir e mitigar os efeitos de desastres. “Suas contribuições podem ser observadas em diversas frentes: monitoramento e alerta; planejamento e gestão de risco; educação e capacitação; infraestrutura e recuperação; gestão integrada de recursos hídricos; e articulação e coordenação interinstitucional”, constata.
Outro destaque abordado em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente reside na problemática da falta de planejamento urbano nas cidades brasileiras. “Para mudar a realidade da vulnerabilidade urbana aos desastres naturais, é essencial uma abordagem integrada que combine planejamento urbano adequado, gestão sustentável dos recursos hídricos e forte mobilização comunitária. Os CBHs, com sua expertise e capacidade de coordenação, são atores-chave nesse processo, promovendo soluções holísticas e participativas que aumentam a resiliência das cidades brasileiras”, argumenta Altherre.