A 47ª Assembleia Geral Ordinária do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Tijucas e Biguaçu e Bacias Contíguas aconteceu na tarde de hoje (28/09), na Câmara de Vereadores de Leoberto Leal e reuniu representantes das organizações-membro que integram o Comitê.
O prefeito Vitor Norberto Alves abriu a reunião solicitando maior preocupação com as nascentes de água do município. Na sequência, a diretoria do Comitê, composta pelo presidente Adalto Gomes, pelo vice-presidente Edison Baierle e pelo secretário executivo José Leal Silva Júnior, colocaram em votação os planos de trabalho do Comitê.
No Plano de Capacitação foi solicitada a substituição da capacitação de Outorga e Enquadramento dos Recursos Hídricos, que será feita pela UFSC dentro do Plano de Recursos Hídricos, por duas capacitações para utilização do SIGSC - Sistema de Informações Geográficas de Santa Catarina, uma em Antônio Carlos e outra em Leoberto Leal.
Quanto ao Plano de Comunicação, todos os itens foram aprovados, entre eles o aumento do relacionamento com a imprensa, a elaboração de releases e artigos, a divulgação das ações do Comitê Tijucas Biguaçu no site www.aguas.sc.gov.br e nas mídias sociais, além da criação de um Prêmio de Jornalismo. Também foi sugerida a criação de um grupo de whatsapp com os integrantes do Comitê para facilitar a comunicação entre as entidades.
O Plano de Ação também foi aprovado. Foram sugeridas outras ações, como um intercâmbio com estudantes da região na nascente e foz do Rio Biguaçu, que a premiação dos Concursos de Desenho e Redação seja feita nas escolas e não nas Câmaras Municipais e também uma maior discussão sobre conflitos como a criação das Pequenas Centrais Hidrelétricas, a extração de areia, o plantio irregular de pinus e eucalipto e o abastecimento público na Bacia do Rio Pequerê.
Na reunião também foi feita a entrega do Certificado FAO/ONU para o Pacto da Mata Ciliar, projeto que tem o objetivo de recuperar as áreas degradadas no entorno das nascentes, rios e cursos d'água. Carlos Antônio Ferraro Biasi, da Oficina de Projetos da FAO entregou o documento à diretoria do Comitê Tijucas Biguaçu e aos técnicos Aline Luiza Tomazi, Alessandra dos Anjos, Tiago Manenti Martins e William Wollinger Brenuvida. O projeto que já entregou 10 mil mudas nativas para a recuperação de 77 propriedades nos 14 municípios que integram o Comitê foi publicado na Plataforma Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável, coordenada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Outra pauta levantada na assembleia foi o Plano de Recursos Hídricos. A coordenadora dos trabalhos realizados pela UFSC, Luana Periotto Costa explicou que o processo está na segunda etapa que consiste no diagnóstico do território com levantamento das características dos municípios das bacias, no desenvolvimento e aplicação das estratégias de educação ambiental e na campanha de cadastro de usuários de recursos hídricos que está sendo realizada em todos os municípios.
Na ocasião, ainda foi aprovada a inclusão da Águas de Bombinhas como organização-membro do Comitê Tijucas Biguaçu, definida que a próxima Assembleia Geral Extraordinária será no dia 23/11, em Biguaçu e escolhida a Comissão Eleitoral 2017, composta por Caroline Machado Rebelo da Cruz, do Samae de Tijucas, Eder Vargas, da Câmara de Vereadores de São João Batista e Danilo da Silva Funke, do CRBio.
O último assunto da reunião foi a captação de água do Rio Tijucas para Bombinhas. A diretora executiva da Águas de Bombinhas, Thaís Forest Gallina, apresentou o projeto para a instalação do novo Sistema de Abastecimento de Água do município que tem previsão para entrar em funcionamento em março de 2018 e convidou os representantes para participar da Audiência Pública marcada para amanhã (29/09), às 19h, na Escola de Educação Básica Maria Rita Flor, no Bairro Bombas.
Além disso, Comitê Tijucas Biguaçu vai organizar uma reunião com as prefeituras de Porto Belo, Bombinhas, Águas de Bombinhas, FATMA, SDS e Porto Ambiental para discutir o traçado da obra e outra reunião para negociar a compensação da licença ambiental.
Por Rokelly Pierozan, jornalista
