Após dois anos de trabalho, o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Bacias Contíguas foi finalizado pela equipe da Fundação Certi. Durante a Assembleia Extraordinária do Comitê Rio Camboriú, realizada nessa quarta-feira (27/06), no IFC Camboriú, os engenheiros sanitaristas Vitor Guimarães e Marcelo Pedroso Curtarelli apresentaram o Relatório Síntese dos Estudos.
Foi realizado o Diagnóstico Socioambiental com mapeamento de cerca de 40 atores estratégicos incluindo usuários de água, poder público e sociedade civil. Foram analisados os aspectos físicos, de uso e ocupação do solo, dados demográficos, economia e infraestrutura de saneamento. Também foi realizado o Diagnóstico dos Recursos Hídricos com análises em relação à disponibilidade, usos de água e balanço hídrico.
Dentro da etapa de Prognóstico a equipe mostrou o cenário tendencial, a demanda futura e apresentou quatro cenários alternativos. Já dentro do Plano de Ações foram apresentados os objetivos e as metas estratégicas, além da estruturação das ações de apoio, setoriais e emergenciais.
Após a apresentação dos resultados, os membros do Comitê Rio Camboriú aprovaram o Plano com algumas ressalvas levantadas na última reunião do Grupo de Acompanhamento - GAP. “Esse documento serve para fundamentar e embasar o uso consciente dos recursos hídricos, ele será um guia de boas práticas que vai contribuir para garantirmos água para a atual e futuras gerações”, pontuou Gilmar Pedro Capelari, presidente do Comitê.
Ao final da reunião, Thales Jacobsen apresentou um projeto de recuperação ambiental da Reserva Natural dos Macacos. O objetivo é alterar o trajeto de uma estrada rural que está inserida em área de proteção permanente, provocando exposição do solo, falta de vegetação, erosão e assoreamento.
Os membros do Comitê Rio Camboriú acataram a importância do projeto que vai trazer qualidade para o solo, cobertura vegetal e ordenar o uso, uma vez que o local é bastante frequentado pela população durante a temporada de verão. Como encaminhamento, o gestor da propriedade terá que apresentar um estudo da área para a Fundação do Meio Ambiente de Camboriú, que tomará as próximas providências.
Por Rokelly Pierozan, jornalista