A baixa lâmina de água no Rio Camboriú colocou diversos órgãos ligados à gestão da água em alerta. Eles se reuniram hoje (18/12), na Prefeitura de Camboriú para discutir soluções emergenciais para diminuir o impacto desse problema atual e pensar em ações que evitem que no futuro o sistema de abastecimento de água para toda a população entre em colapso.
O presidente do Comitê Rio Camboriú, Paulo Ricardo Schwingel, indicou, durante a reunião, que há dez anos o órgão vem alertando para a necessidade de ações que garantam a reserva de água bruta e diminuam a degradação ambiental da Bacia Hidrográfica. “Agora, a ação emergencial que podemos tomar é alertar a população para a necessidade de economizar água. Precisamos comunicar a todos que não lavem calçadas, que evitem uso recreativo como piscinas e outras atividades com grande consumo, pelo menos até a primeira semana de janeiro, quando o consumo é muito maior que nas outras épocas do ano”, alertou ele.
Para o prefeito de Camboriú, Elcio Kuhnen, existe a vontade política de resolver o problema. “Temos a união das cidades e a certeza de que sem água não há desenvolvimento para as nossas cidades”, afirmou. “Resolver este problema com ações de curto, médio e longo prazo é uma questão de sobrevivência das duas cidades”, emendou o Diretor Geral da Emasa, Carlos Haacke.
Durante a discussão, a presidente da Fundação de Meio Ambiente de Camboriú, Liara Rotta Padilha, informou que uma comitiva esteve vistoriando o interior de Camboriú e que o problema não são os rizicultores. “Há escassez de água para todos. Muitas arrozeiras estão vazias. Precisamos nos unir para resolver e não encontrar culpados”, defendeu ela.
Ainda nesta semana, os prefeitos das duas cidades deverão se reunir novamente para definir ações mais efetivas para melhorar a gestão da água nas cidades. Também participaram da reunião representantes da Águas de Camboriú, Câmara de Vereadores de Camboriú e Epagri.
