Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio das

Antas, Bacias Hidrográficas Contíguas e Afluentes

Catarinenses do Rio Peperi-guaçu

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Aproximadamente 80 mudas nativas são transplantadas em local onde funcionava um lixão. Ação envolveu voluntários de diversas instituições como apoio decisivo da comunidade escolar

Por William Wollinger Brenuvida, jornalista

A professora Sirlei Locatelli ajudou na orientação dos alunos, dos pais de alunos, e também plantou árvores. Fez mais. A professora pediu uma árvore para a escola. Indiquei uma árvore que gosto muito, que plantei muito, e já vi florescer: a quaresmeira. Na Mata Atlântica, a quaresmeira ou flor de quaresma (tibouchina granulosa) apresenta um porte pequeno, com copa arredondada, galhos finos e uma floração exuberante. A professora Sirlei e os mais de 20 alunos presentes à ação de plantio, no bairro Caldas da Imperatriz, em Santo Amaro, nessa manhã, tiveram uma especial ocasião para comemorar: hoje é 21/9, dia da árvore.

O plantio reuniu gente compromissada com o meio ambiente. Havia gente do Comitê Cubatão, da comunidade escolar, da Epagri, também, da prefeitura. Mas, o mais importante mesmo foi notar que apesar das representações instituições, algumas pessoas estavam ali fora de horário de serviço, numa forma de contribuir com a natureza, com a cidade, com a formação daquelas crianças que vão compreendendo os motivos de uma atividade socioambiental. E sim, quando deixamos o discurso que nos angustia: atrás da mesa do computador, tablet ou celular. Quando deixamos um pouco as atividades burocráticas de nossos gabinetes e salas de reuniões. Quando nós vamos. Um nós coletivo, sem medo da violência da velocidade que nos oprime a cada nova invenção tecnológica. Quando vamos sentir o cheiro da relva, ouvir e tocar o rio, conversar e trocar experiências e vivências com outras pessoas. Quando intervimos em uma praça, pintando a vida, plantando árvores. Isso é prática social.

Aprender-apreender
Entre as árvores transplantadas tínhamos uma grande variedade de espécies: aroreira vermelha, araçá, bacupari, baguaçu, cabriuna, canjerana, caroba, chal-chal, cortição, coqueiro jerivá, gabiroba, grumixama, garapuvu, ingá feijão, ipê amarelo e roxo, pacari, pitanga, e a quaresmeira roxa. A ação de plantio realizada pelo Comitê Cubatão em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e Setor de Arquitetura e Urbanismo recebeu, em doação, 220 mudas. Transplantamos aproximadamente 80 mudas, com apoio dos alunos, professores e demais apoiadores. As mudas cabem no projeto da arquiteta e urbanista Daniela Machado, que pensou um novo ambiente para o espaço que antes de ser pensado como uma praça era um lixão.

À medida que as árvores iam sendo transplantadas, eram os alunos que as batizavam com seus nomes ou nomes de pessoas conhecidas. O técnico da Epagri Gerson Gesnner e outros participantes realizaram uma atividade de aprender-apreender, explicando o motivo do plantio, os nomes das mudas, e o significado do plantio para a proteção da água. Aprender é importante porque somamos conhecimentos, mas a apreensão de sentidos nos dá a dimensão de como nós, independente de idade, nós enquanto sujeitos, nós somos afetados pela língua e pela história. A escola passa a ter um papel decisivo na formação discursiva do aluno, que vai aprender-apreender a natureza, a preservação dos recursos hídricos para uma sociedade onde a água é um recurso natural de todos, e para todos.

As mudas foram doadas pela Casan, que tem cadeira no Comitê Cubatão. Aquelas mudas que não foram transplantadas na área pública cedida pelo poder público municipal foram destinadas a TODA Rafting, que possui uma propriedade próxima ao Rio Cubatão. Os empreendedores da TODA Rafting se responsabilizaram por repovoar áreas de mata ciliar do Rio Cubatão.

Solidariedade ambiental
Para Sandra Eliane Michel, presidente do Comitê Cubatão, só ama quem conhece. Ela diz isso enquanto olha. Olha admirada para algumas cachoeiras e corredeiras do Rio Cubatão. Na atividade da manhã desta quarta-feira, 21/9, dia da árvore, dona Sandra como é chamada pelos membros do Comitê Cubatão teve a parceria, além daqueles já nominados aqui, da secretária executiva Patrice Juliana Barzan, membro representante da Companhia Catarinense de Água e Saneamento; do biólogo Rafael Roma Pasin, do programa SC Rural; da técnica administrativa Caroline Ramos Proença; da representante do Contur Claudia Laurent, e deste jornalista que sempre observar um traço de solidariedade e prática socioambiental quando a comunidade escolar se envolve direta e indiretamente no fluxo da linguagem: a linguagem da água, fluxo da vida.

Em tempo: Os técnicos do Comitê Cubatão Letícia Scoz, engenheira ambiental e sanitarista e Tiago Manenti Martins, no momento do plantio estavam ministrando palestras na Escola Básica Municipal Vila Santana, no Sul do Rio. Já a bióloga Aline Luiz Tomazi cuidava da operação de novas atividades para o Comitê Cubatão. Trabalho em equipe, solidariedade ambiental.

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Desenvolver uma política de proteção de água nos municípios localizados nas bacias dos rios Araranguá e Urussanga. Este foi o objetivo do projeto Piava Sul, desenvolvido de 2008 a 2010, e que resultou na elaboração do Caderno do Educador Ambiental das Bacias dos Rios Araranguá e Urussanga e na implantação de ações de educação ambiental nas bacias com apoio do Programa Santa Catarina Rural, do governo de Santa Catarina, com fundos do Banco Mundial. 
 
Neste ano, o Caderno do Educador Ambiental das Bacias dos Rios Araranguá e Urussanga foi revisado e ampliado visando socializar o conhecimento produzido nas bacias com relação aos recursos hídricos e ao uso da terra, a fim de orientar os usuários de água, a sociedade civil e o poder público dessas bacias na gestão dos recursos hídricos. O intuito do material também é formar novos educadores ambientais e estimulá-los a desenvolver a educação ambiental de forma interativa e motivadora. 
 
“O Caderno é um importante instrumento na gestão dos recursos hídricos dessas bacias, pois divulgará os resultados das pesquisas científicas realizadas nos últimos anos e por meio de cursos e oficinas de capacitação construirá coletivamente novos conhecimentos, valores e atitudes voltados ao meio ambiente e principalmente aos recursos hídricos dessas bacias”, explica a Doutora em Geografia e coordenadora da Educação Ambiental no Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Rose Maria Adami.
 
O caderno foi reorganizado em quatro tópicos: educação ambiental e a cidadania pelas águas; bacia hidrográfica: unidade territorial de ocupação humana; bacia hidrográfica: unidade territorial de planejamento dos recursos hídricos; e a participação do cidadão na educação ambiental e nas políticas públicas. O material é utilizado na realização de cursos e oficinas de capacitação para os membros do Comitê, gestores públicos, profissionais de diversas áreas e a comunidade em geral. “Os cidadãos devem se engajar na transformação da consciência ambiental coletiva que leva a atitudes compatíveis com a busca de soluções para os diversos conflitos relacionados ao meio ambiente”, frisa.
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