O Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Mampituba teve mais um avanço. O Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba e o Comitê do Rio Mampituba estiveram reunidos em Assembleia Extraordinária para aprovar o relatório do Prognóstico - Fase B - do plano. Na mesma reunião, os comitês iniciaram o planejamento para a elaboração da próxima etapa do processo, que é o enquadramento dos recursos hídricos.
A primeira etapa do relatório da Fase B do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Mampituba já havia sido apresentada aos membros dos comitês no dia 24 de junho. Depois o documento foi encaminhado aos participantes de reunião que apontaram observações no relatório. As dúvidas foram esclarecidas na reunião desta quinta-feira pela coordenadora dos Planos de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul, Amanda Fadel, e na sequência houve a aprovação final do relatório.
“O prognóstico almeja viabilizar uma análise de sensibilidade da quantidade e qualidade de recursos hídricos frente a possíveis mudanças. Os cenários não são previsões, são apenas possibilidades. Pode não haver nenhuma alteração ao longo dos anos, mas se mudar para mais ou para menos é preciso que a gente já tenha definido o que iremos fazer”, ressaltou Amanda.
Finalizada a aprovação do relatório do Prognóstico – Fase B, agora os comitês avançam no processo de construção do Plano de Recursos Hídricos do Rio Mampituba. A nova etapa consiste em elaborar o enquadramento, que resulta da discussão sobre qual a qualidade atual das águas no momento atual e qual é a qualidade desejada pela sociedade.
“Um exemplo seria um rio com baixa qualidade de água, mas que a sociedade deseja que ele tenha uma classificação especial, onde as pessoas podem ir nele, encher um copo e tomar. Mas entre o real e o sonho existem trabalhos a serem feitos. E isso é discutido com a comunidade. Então o enquadramento é esta definição de ações que posteriormente serão executadas, por meio de um plano de gestão, para que a qualidade desejada seja alcançada”, explicou a engenheira ambiental e assessora técnica do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Michele Pereira da Silva.
Para definir o enquadramento seriam realizadas oficinas presenciais com a presença dos representantes da sociedade. Mas por conta da pandemia, o processo precisou ser readequado. Os encontros deverão acontecer de forma virtual, com calendário e metodologia ainda a ser definida pelo Governo do Rio Grande do Sul, responsável pela criação do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Mampituba.
“Foi uma reunião muito produtiva. Conseguimos aprovar o relatório da Fase B e iniciamos as tratativas para a realização do enquadramento. Continuar com os trabalhos de forma virtual foi a maneira que encontramos de dar sequência aos trabalhos mesmo em meio a pandemia e, assim, manter o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Mampituba em andamento”, destacou o presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Luiz Leme.