O plantio de espécies arbóreas revela o compromisso do Comitê Rio Tijucas com ações em defesa do meio ambiente
(*) William Wollinger Brenuvida
Quando o Comitê da Bacia Hidrográfica resolveu implantar o Pacto pela Mata Ciliar observou que esse acordo revelaria a importância de uma parceira
da natureza que há muito se encontra esquecida: a árvore. Plantios de árvores se intensificaram neste ano de 2015 nos 13 Municípios onde o Comitê Rio Tijucas atua. Em cada plantio, um número cada vez maior de alunos de escolas da região, professores, grupos de escoteiros, além de associações, empresas e órgãos governamentais estão se envolvendo com o Pacto da Mata Ciliar. Mesmo distante de rios, o Comitê Rio Tijucas tem apoiado o plantio de árvores – uma atividade socioambiental e socioeducativa que propicia mais qualidade de vida e bem-estar para a fauna e ao ser humano.
Neste 21 de setembro, para receber a primavera, os técnicos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, Aline Tomazi, e Tiago Manenti Martins acompanharam estudantes da rede municipal de ensino de Porto Belo/SC. Em ação organizada pela Prefeitura Municipal de Porto Belo, e Fundação do Meio Ambiente de Porto Belo (Famap), o Comitê Rio Tijucas pode observar o plantio de mudas nativas em diversas praças do Município de Porto Belo. A iniciativa, certamente, renderá frutos no trabalho cooperativo para sensibilizar as novas gerações para a importância de um ambiente equilibrado.
A importância da árvore em nossas vidas
Estima-se que a árvore como hoje a conhecemos, uma planta com tronco
lenhoso, e ramos que saem a certa altura do solo, e grande porte tenha surgido a 380 milhões de anos. Atualmente, a variedade de árvores, de acordo com a região que este ser vivo habita, pode identificar e embelezar um ambiente, controlar pragas, e ainda preservar as matas ciliares de rios, lagoas e lagoas. Por ser tão importante ao Meio Ambiente, a árvore ganhou um dia próprio. No Brasil, até o ano de 1965 esse dia era celebrado por escolas quando o governo federal resolveu aprovar um decreto que fez valer a chamada Festa Anual das Árvores.
A árvore facilita a penetração da água no solo, beneficiando os lençóis freáticos. O ciclo das águas melhora muito com o plantio de árvore, principalmente às margens dos rios. É preciso, porém, que se utilizem parâmetros para um plantio correto, com espécies nativas, para que haja uma recuperação equilibrada do ambiente. Está comprovado que uma árvore auxilia na retirada de poluentes do ar, ajudando também a reduzir os ruídos sonoros. Uma árvore que não seja nativa como o pinus eliots e o eucalipto pode fornecer a celulose (fabrico do papel), além de resinas. Árvores não nativas, como a seringueira, por exemplo, podem ser utilizadas na exploração extrativista, ao se recolher o látex para se obter a borracha.
A árvore é uma velha companheira do homem e diversas outras espécies na natureza. E quando as novas gerações se envolvem no processo de cuidar do meio ambiente, também estarão cuidando e preservando a água. Nesse contexto, o papel de mobilização e apoio técnico do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas é imprescindível.
(*) William Wollinger Brenuvida, jornalista (5177/SC)
