O Comitê Chapecó Irani foi representado no I Seminário Internacional do Observatório do Rio Uruguai, que ocorreu em Erechim. O objetivo foi fomentar a rede de pesquisadores e gestores na área de recursos hídricos, buscando a preservação das águas da bacia hidrográfica transfronteiriça do Rio Uruguai. Ao todo, foram 200 inscritos de diversas áreas do conhecimento, como Agronomia, Engenharia Ambiental e Sanitária, Geografia, Biologia, Direito, entre outras. “Com certeza a participação foi relevante para abordar o modelo de gestão dos Comitês de Bacias Hidrográficas catarinenses, bem como fomentar a importância da criação do Comitê Federal do Rio Uruguai, com o intuito de unificar a demanda dos estados e realizar a gestão dos recursos hídricos de forma ampla e direcionada, visando a conservação da Bacia do Rio Uruguai”, destaca Marina Sbardelotto, que representou o Comitê Chapecó Irani, e o Fórum Catarinense de Comitês de Bacias Hidrográficas no evento.
Conforme Marina Sbardelotto, as temáticas abordadas foram extremamente relevantes para os CBH: “Os temas abordados no seminário foram de suma relevância e trouxeram um panorama internacional da gestão de recursos hídricos, ou seja, demandas e possibilidades, uma vez que foram direcionadas explanações pelos órgãos públicos, gestores e a Agência Nacional de Águas e Saneamento – ANA, sendo que o Seminário vem ao encontro dos compromissos firmados no Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros: União pela Conservação, que ocorreu em Itá no ano de 2022, instituindo a Carta de intenções de Itá 2022”, acrescenta Marina.
De acordo com a representante do Comitê Chapecó Irani, os estudos científicos, desenvolvidos pelas universidades, desempenham um papel preponderante no que diz respeito à preservação dos recursos hídricos. “As universidades têm papel crucial para mapear dados e indicadores com o intuito de promover a disseminação da conservação dos corpos hídricos. Além da pesquisa e publicação de trabalhos científicos, a divulgação dos mesmos através de eventos como o seminário é relevante para que os dados obtidos sejam difundidos entre os comitês o que engloba, usuários de água, poder público e população da bacia, difundindo assim a conservação e gestão dos recursos hídricos, como um todo”, pontua. Por fim, Marina Sbardelotto destaca a qualidade dos trabalhos científicos apresentados. “Os trabalhos apresentados, de modo geral, explanam um cunho técnico e bom direcionamento dos profissionais envolvidos, possibilitando compreender desde temas como planejamento e gestão de recursos hídricos até a classificação das águas, bem como tecnologias para preservação”, complementa.
Na oportunidade, o coordenador geral do Projeto de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do grupo Uruguai, pela Universidade do Contestado, Jairo Marchesan, juntamente com os pesquisadores André Leão, Murilo Nichele e Rafael Leão apresentaram trabalho denominado: “Projeto de Fortalecimento aos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina: desafios e contribuições para a gestão das águas”. “O evento proporcionou a interação, troca de experiências e conhecimentos gerais entre Pesquisadores e Instituições interessadas e preocupadas com a quantidade e qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai. Foi uma oportunidade de ampliar conhecimentos, reflexões sobre aspectos históricos, sociais, ambientais, culturais e econômicos da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, mas, sobretudo, para prospectar estudos, proposições e ações concretas a referida Bacia”, finaliza o professor Jairo Marchesan – coordenador-geral do Projeto Grupo Uruguai/Oeste de Comitês de Bacias Hidrográficas pela Universidade do Contestado. O projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC.
