Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Tijucas

Sábado, 08 Abril 2017 18:03

BOMBINHAS E A TRANSPOSIÇÃO DO TIJUCAS

Reunião debate metas e compromissos para resolver a falta de água que atinge mais de 300 mil pessoas no principal destino turístico catarinense. Parceria deve levar água e trazer melhorias para região.

Por William Wollinger Brenuvida

Os constantes problemas de abastecimento de água no município de Bombinhas que sempre chamou a atenção da diretoria e equipe técnica do comitê Tijucas-Biguaçu resultou em um encontro, na sede do comitê, em Tijucas, na manhã desta sexta-feira, 7/4, com membros da Águas de Bombinhas (Aegea), concessionária responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Bombinhas; do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Tijucas (Samae); da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Tijucas; e do Comitê Tijucas-Biguaçu. O tema? A transposição do Rio Tijucas.
Bombinhas é o menor município do Estado de Santa Catarina, e talvez aquele que mais sofra por falta de água na região litorânea. Emancipado de Porto Belo em 1992, faz parte dos 14 municípios inseridos na Bacia Hidrográfica dos Rios Tijucas e Biguaçu. A população de Bombinhas que não ultrapassa 15 mil habitantes, vê uma transformação vertiginosa na alta temporada de verão, quando recebe uma população flutuante de mais de 300 mil visitantes.

Transposição e metas
A concessionária bombinense prevê a captação de água diretamente do Rio Tijucas. A transposição, de acordo com a Águas de Bombinhas, é necessária porque a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Zimbros tem vazão de 40 litros por segundo (l/s), e os poços de Mariscal e Canto Grande apenas 4 l/s para reservação de água. A reservação atual que é de 950 metros cúbicos (m³), mesmo com alguma ajuda do município de Porto Belo é incapaz de suprir a demanda por água potável na cidade, que no verão faz uso recorrente de caminhões-pipa. Bombinhas é o segundo maior destino turístico do Brasil, e no verão sofre com a falta de água.

Para Thaís Forest Gallina, engenheira da Águas de Bombinhas, a captação e transposição do Rio Tijucas não vai afetar a captação e distribuição de água para Tijucas, e para outros municípios da bacia hidrográfica. “Nós apenas vamos retirar a quantidade possível para suprir a demanda do município de Bombinhas. Todos os estudos necessários foram e estão em curso para cumprir a legislação federal, estadual e municipal. Esta é única forma de garantir água para os bombinenses.”, observa a engenheira.

Neste primeiro encontro, os representantes do município de Tijucas, Jorge Stel, do Samae, Narbal Andriani Junior, do Meio Ambiente, José Leal, vereador e representante do comitê se mostraram preocupados com as duas primeiras alternativas propostas, quais sejam, a de aumentar a captação da Praia do Triste, em Bombinhas; e aquela que prevê a captação de água do Rio do Oliveira, em Tijucas. Essa atitude mostra que apesar dos representantes serem de Tijucas, estão pensando na região como um todo. A atitude mais provável é mesmo a captação e transposição do Rio Tijucas.

Os representantes tijuquenses e o vice-presidente do Comitê Tijucas-Biguaçu, o engenheiro florestal Edison Baierle, se mostraram favoráveis a esta iniciativa desde que sejam seguidas regras técnicas e acordos com os 14 municípios da região hidrográfica. De acordo com Edison Baierle, o comitê é o foro para se debater essa alternativa. “Nós atuamos em outros conflitos na bacia e a população (da bacia) é o lugar de escuta de todos. Antes de um município realizar uma obra importante que envolva a água da população, ele deve consultar o comitê de bacias. Nós apoiamos a iniciativa desde que exista um compromisso firmado com os programas e projetos do comitê, e dos 14 municípios envolvidos no processo.”, salienta Edison Baierle.

Posição idêntica tem o diretor do Samae de Tijucas, Jorge Steil: “Nós buscamos o que é melhor para a população. Não somos egoístas e precisamos ajudar os municípios-irmãos da região, mas nós precisamos entender que Tijucas deve ser consultada de todos os passos desse projeto (de transposição), e que, nenhum habitante de Tijucas possa ficar em prejuízo por quaisquer obras que afetem direta ou indiretamente o município. Se houver um compromisso firmado, o diálogo existe.”, diz Jorge Steil.

Entre os princípios de um comitê de bacias hidrográficas está aquele que se revela mais relevante: garantir água em quantidade e qualidade para o cidadão, sem esquecer de matar a sede dos animais. Se para garantir esse objetivo o comitê tiver que resolver conflitos de interesses, que essa resolução seja feita a partir do diálogo, da escuta das comunidades, empresas e setores governamentais. Estão previstas diversas ações entre as quais: apoio ao Projeto Peixe Juca para monitoramento da água em 14 municípios; Pacto pela restauração da Mata Ciliar; disponibilidade de dados e informações; ações conjuntas. Outras reuniões com a prefeitura e órgãos de Tijucas e região serão realizadas em breve.

Participaram da reunião: Ana Maria Pattaro, Aegea; Arielle Castellen Gall, Aegea; Carolini Machado Rublo da Cruz, Samae; Edison Roberto Mendes Baierle, Comitê Tijucas-Biguaçu; Jorge Steil, Samae; José Leal Silva Junior, Comitê Tijucas-Biguaçu; Joseane Cavalcanti Dias, Aegea; Narbal Andriani Junior, Sec. Meio Ambiente; Thaís Forest Gallina, Aegea; Tiago Manenti Martins, Comitê Tijucas-Biguaçu; William Clemes, ambiental; e William Wollinger Brenuvida, Comitê Tijucas-Biguaçu.

Publicado em Notícias

Todos os anos, em comemoração ao Dia Mundial da Água, o Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Tijucas e Biguaçu, e bacias contíguas realiza dois concursos e uma maratona. Os concursos de desenho, na 6ª edição; e de redação, na 7ª edição, brinda a realização da 4ª edição da Maratona Fotográfica. A cada ano, os temas são desafios aos alunos e professores da comunidade escolar da bacia, bem como ao olhar atento e sensível de fotógrafos com ou sem experiência na arte e técnica de registrar belas paisagens e momentos históricos de nossa região que compreende 14 municípios, e mais de 8 mil quilômetros de rios, lagos e lagoas, e as baías de Tijucas, de São Miguel, e de Porto Belo. Neste ano de 2017, o tema para os concursos e maratona fotográfica é: “O Rio que temos”.

Acesse o edital do concurso de desenho: http://www.aguas.sc.gov.br/jsmallfib_top/Comite%20Tijucas/Legislacoes/Comite/editais/Edital_concurso_desenho_2017.pdf

Acesse o edital do concurso de redação: http://www.aguas.sc.gov.br/jsmallfib_top/Comite%20Tijucas/Legislacoes/Comite/editais/Edital_concurso_redacao_2017.pdf

A partir de 2016, a Bacia Hidrográfica do Rio Biguaçu passou a compor o mosaico multicultural, multiétnico e com recortes diversos da fauna e da flora da região que compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, e demais bacias contíguas. O comitê passou a ser conhecido por Comitê Tijucas-Biguaçu. Este aspecto foi muito importante para entender um sentimento que toma conta de cada um de nós: o sentimento de pertença ou pertencimento. 

Antes de pertencermos a rua, bairro ou cidade, nós partilhamos do rio que corta nossa comunidade, partilhamos da água que nos dá a vida. O rio principal ou afluente do rio principal que passa por nosso bairro ou comunidade, região ou cidade possui características. E é a partir desse sentimento de pertença que nós queremos fazer uma escuta toda especial aos alunos e professores da comunidade escolar de nossas bacias hidrográficas.

Os alunos do 1º ao 5º ano de nossa comunidade escolar participarão com desenhos livres, mas que devem buscar uma referência a esse sentimento de pertencimento. Os alunos do 5º ao 9º ano é que vão se dedicar ao texto dissertativo que chamamos aqui de redação, que é livre priorizando a criatividade, mas que vai buscar interpretar-descrever esse sentimento de pertença. Qual percurso seguir?

Aqui, também, vale para quem vai fotografar nossa bacia hidrográfica. Procurem, alunos e fotógrafos, conhecer o rio de sua localidade. Não importa que este rio esteja canalizado, ele tem uma história. Este rio deve ter um ou mais nomes. Este rio pode ter uma importância econômica para sua localidade no passado ou nos dias de hoje. Este rio pode ter espécies da fauna e flora. Procure dizer no texto, seja ele o desenho, a redação ou a fotografia, quais são estas espécies, e qual a importância dessas espécies para a vida do rio, e para a vida da localidade, do bairro, da cidade.

Professores. Vocês podem utilizar recursos audiovisuais, visitas de campo, e até mesmo estabelecer um contato com as pessoas mais velhas de sua localidade para que estes relatos deem corpo e vida às narrativas de seus alunos. Este sentimento de pertença está presente em toda comunidade, ainda que esteja apagado, adormecido.

O teólogo e escritor Leonardo Boff disse certa vez: "a mística é manter os olhos abertos sobre a realidade e as mãos operosas para transformar". Assim, mãos à obra! Os editais estão publicados em nossos veículos de informação. Confira. Divulgue. Participe.

Equipe Comitê Tijucas Biguaçu

O RIO QUE TEMOS

Todos os anos, em comemoração ao Dia Mundial da Água, o Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Tijucas e Biguaçu, e bacias contíguas realiza dois concursos e uma maratona. Os concursos de desenho, na 6ª edição; e de redação, na 7ª edição, brinda a realização da 4ª edição da Maratona Fotográfica. A cada ano, os temas são desafios aos alunos e professores da comunidade escolar da bacia, bem como ao olhar atento e sensível de fotógrafos com ou sem experiência na arte e técnica de registrar belas paisagens e momentos históricos de nossa região que compreende 14 municípios, e mais de 8 mil quilômetros de rios, lagos e lagoas, e as baías de Tijucas, de São Miguel, e de Porto Belo. Neste ano de 2017, o tema para os concursos e maratona fotográfica é: “O Rio que temos”.

Acesse o edital do concurso de desenho: http://www.aguas.sc.gov.br/jsmallfib_top/Comite%20Tijucas/Legislacoes/Comite/editais/Edital_concurso_desenho_2017.pdf

Acesse o edital do concurso de redação: http://www.aguas.sc.gov.br/jsmallfib_top/Comite%20Tijucas/Legislacoes/Comite/editais/Edital_concurso_redacao_2017.pdf

A partir de 2016, a Bacia Hidrográfica do Rio Biguaçu passou a compor o mosaico multicultural, multiétnico e com recortes diversos da fauna e da flora da região que compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, e demais bacias contíguas. O comitê passou a ser conhecido por Comitê Tijucas-Biguaçu. Este aspecto foi muito importante para entender um sentimento que toma conta de cada um de nós: o sentimento de pertença ou pertencimento.

Antes de pertencermos a rua, bairro ou cidade, nós partilhamos do rio que corta nossa comunidade, partilhamos da água que nos dá a vida. O rio principal ou afluente do rio principal que passa por nosso bairro ou comunidade, região ou cidade possui características. E é a partir desse sentimento de pertença que nós queremos fazer uma escuta toda especial aos alunos e professores da comunidade escolar de nossas bacias hidrográficas.

Os alunos do 1º ao 5º ano de nossa comunidade escolar participarão com desenhos livres, mas que devem buscar uma referência a esse sentimento de pertencimento. Os alunos do 5º ao 9º ano é que vão se dedicar ao texto dissertativo que chamamos aqui de redação, que é livre priorizando a criatividade, mas que vai buscar interpretar-descrever esse sentimento de pertença. Qual percurso seguir?

Aqui, também, vale para quem vai fotografar nossa bacia hidrográfica. Procurem, alunos e fotógrafos, conhecer o rio de sua localidade. Não importa que este rio esteja canalizado, ele tem uma história. Este rio deve ter um ou mais nomes. Este rio pode ter uma importância econômica para sua localidade no passado ou nos dias de hoje. Este rio pode ter espécies da fauna e flora. Procure dizer no texto, seja ele o desenho, a redação ou a fotografia, quais são estas espécies, e qual a importância dessas espécies para a vida do rio, e para a vida da localidade, do bairro, da cidade.

Professores. Vocês podem utilizar recursos audiovisuais, visitas de campo, e até mesmo estabelecer um contato com as pessoas mais velhas de sua localidade para que estes relatos deem corpo e vida às narrativas de seus alunos. Este sentimento de pertença está presente em toda comunidade, ainda que esteja apagado, adormecido.

O teólogo e escritor Leonardo Boff disse certa vez: "a mística é manter os olhos abertos sobre a realidade e as mãos operosas para transformar". Assim, mãos à obra! Os editais estão publicados em nossos veículos de informação. Confira. Divulgue. Participe.

                      

Equipe Comitê Tijucas Biguaçu

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