Há 15 anos defendendo o surgimento de um novo fórum da água surge o diálogo cordial e amistoso que pode mudar o olhar sobre a sustentabilidade na Região da Grande Florianópolis
(*) William Wollinger Brenuvida
Em tempos de crise energética e econômica, a palavra de ordem é unir e partilhar com igualdade. Com esse intuito, o coordenador Cesar Rodolfo Seibt da linha de ação em fortalecimento dos comitês de bacias, membro da equipe técnica da Diretoria de Recursos Hídricos (DHRI) e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), ponderou sobre a junção do grupo Pró-Comitê Biguaçu ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. O encontro se deu na tarde de 27 de agosto, na sede da Fundação do Meio Ambiente de Biguaçu.
Os membros do Pró-Comitê Biguaçu que atualmente contam a metade da bacia hidrográfica do Município de Biguaçu, e a integralidade da ba
cia do Município de Antonio Carlos iniciaram o debate alegando a necessidade de se constituir um comitê de bacias – a luta completa 15 anos. Há, porém, a compreensão das dificuldades de aglutinação de usuários, consumidores e dos poderes governamentais constituídos para que o Comitê Biguaçu seja constituído. Rosilda Helena Feltrin, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) defende a iniciativa do comitê Pró-Biguaçu: “Foram 15 anos de reuniões para concretizar o comitê de Biguaçu, e parece que esta luta não valeu a pena”, afirma Rosilda.
O membro do comitê Pró-Biguaçu Paulo Valadares, que é também funcionário da Vonpar – empresa que representa a Coca-Cola – rec
O Comitê Pró-Biguaçu reúne-se novamente no dia 10 de setembro para avaliar se continua a luta pela criação de um comitê próprio ou vai se unir, em definitivo, ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. A resposta, certamente, será dada na Assembleia Geral do Comitê Rio Tijucas, em 23 de setembro, no Município de Angelina, onde membros do Pró-Comitê Biguaçu terão oportunidade de apresentar dados e informações, voz e vez para tomar uma decisão definitiva em prol do bem maior que um comitê pode defender: a água de qualidade.onheceu na estrutura do Comitê Rio Tijucas a possibilidade de avançar na defesa dos recursos hídricos. “Quando fui conhecer as ações, estratégias e programas do Comitê Rio Tijucas, eu mudei minha opinião. Quem sabe com eles, nós podemos dar mais visibilidade a Biguaçu e Antonio Carlos na defesa da água”, alegou Paulo Valadares.
A reunião, que contou com a presença de representantes da Epagri, Kita Mat. de Construções, Vonpar, Associação Caminho das Águas de Tijucas (CAT), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos, Prefeitura Municipal de Antonio Carlos, Famabi, Vonpar, Sul Catarinense, Proactiva, e STR de Antonio Carlos, também serviu para reafirmar a permanência do Município de Governador Celso Ramos no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. Membro desde 2001, o conselheiro William Wollinger Brenuvida, que é também jornalista prestando serviços ao Comitê, defendeu a união dos comitês. Governador Celso Ramos faz parte do Comitê Rio Tijucas desde o ano de 2001. A iniciativa que se deu na época pela defesa do ex-presidente da Colônia de Pescadores Z-9, e também do comitê, Nei Simas Custódio, foi reforçada pela Associação de Preservação do Meio Ambiente de Governador Celso Ramos (Apremag) naquele ato representada por William Wollinger Brenuvida.
(*) William Wollinger Brenuvida é membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas desde a primeira formação, em 2001. Com formação em Direito, é especialista em Direito Processual Penal. Tem formação em Comunicação Social, sendo jornalista sob o registro 5177/SC.
