Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Itajaí

FÓRUM PERMANENTE REALIZA SUA 10º EDIÇÃO E REÚNE ESPECIALISTAS E A POPULAÇÃO PARA DISCUTIR A QUESTÃO DOS DESASTRES NATURAIS NA BACIA

18/10/2017

DÉCIMA EDIÇÃO DO FÓRUM PERMANENTE DE PREVENÇÃO AOS DESASTRES NATURAIS DISCUTIU A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PREVENÇÃO DOS DESASTRES

Gestores públicos, educadores, acadêmicos e pesquisadores de várias cidades do Estado, lotaram o auditório da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), em Blumenau, para acompanhar o 10º Fórum Permanente de Prevenção aos Riscos de Desastres, promovido pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), por meio do programa de extensão Atmosfera, em parceria com o Comitê do Itajaí.  O evento, realizado dia 25, fez parte da programação da Semana da Água 2017 e contou com um público de aproximadamente 120 pessoas.

Essa edição trouxe especialistas de peso para debater sobre os riscos de desastres e sua relação com educação ambiental ou a falta dela, seja na educação básica ou nas organizações públicas e privadas, que por hora parecem muito mais limitadas a buscar e oferecer soluções eficientes após os desastres, do que ações de prevenção, que se iniciem pela educação.

Na parte da manhã, o público acompanhou a palestra da educadora da USP, Sâmia Nascimento Sulaiman, autora de vários trabalhos relacionando à educação ambiental e os riscos de desastres, entre eles a tese de doutorado com o título: “De que adianta? O papel da educação ambiental para a prevenção de desastres naturais”. Ela falou sobre o tema, destacando o que se faz como educação ambiental na defesa civil e o que se deveria fazer. “ A prevenção com certeza não significa só reduzir ou minimizar os impactos em determinada área. É preciso ir além para criar um processo que resulte numa cultura de prevenção”.

Outro palestrante, cuja apresentação chamou muita atenção, especialmente dos gestores da Defesa Civil, foi a do representante da Organizações Unidas (ONU) para o Brasil, Sidnei Furtado. Ele falou do programa “Construindo Cidades Resilientes; minha cidade está se preparando”, relacionado ao Programa de Políticas Transnacionais da ONU. Ele é especialista no assunto e acumula mais de 30 anos de experiência na área de Defesa Civil, tendo atuado em muitas cidades brasileiras. Ele reforçou a importância do planejamento preventivo e da efetiva participação dos gestores na construção de cidades resilientes.

O tema-chave do evento foi bem aprofundado pelo biólogo e professor  Mário Jorge Cardoso Coelho Freitas, do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental (PPGPlan-UDESC). Em 2016 ele participou da Conferência das Nações Unidas sobre Ciência e Tecnologia para a Redução do Risco de Desastres e atuou também em Mariana, após o desastre provocado pelo rompimento da barragem da Samarco.

Ele criticou duramente o governo federal sugerindo que se retirasse do fórum um abaixo assinado como um manifesto de desagravo ao Governo Michel Temer e ao Ministério da Educação, pela afronta à sociedade que é o novo sistema curricular brasileiro. O professor Mário também afirmou que não se pode falar em prevenção de desastres sem falar em políticas públicas de erradicação da pobreza e da exclusão social. Destacou ainda que é necessário desmitificar que os desastres são naturais. “Não há nada de natural nos desastres. Eles ocorrem por um conjunto de fatores e caracterizá-los como naturais é praticamente ignorar a prevenção, a educação ambiental e as nossas responsabilidades perante a eles”.

A apresentação das técnicas da Defesa Civil de Blumenau, Luciana Schramm Correia e Juliana Mary de Azevedo Ouriques, encerrou a programação do 10º Fórum. Elas relataram as experiências dos dois projetos desenvolvidos nas escolas do município: Defesa Civil na Escola e Agente Mirim de Defesa Civil. Os projetos foram implantados nas escolas do município em 2013 e a cada ano são contempladas 10 escolas.

Ao final das apresentações houve um debate a respeito da forma como se trabalha a educação para os riscos de desastres, nele frisou-se a importância das experiências de Blumenau apresentadas, mas ressaltou-se a necessidade tanto de maior capacitação como também de maior participação dos gestores.

No segundo dia do Fórum, 26/09, houve a realização de oficinas para gestores públicos  e comunidade, desenvolvidas pelo Projeto Caixa e Água, do Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA) da Furb, com o tema “Inclusão de Tecnologias Digitais na Gestão de Riscos de Desastres". As oficinas aconteceram simultaneamente na Furb, em Blumenau, na Unidavi, em Rio do Sul, e no campus da de Balneário Camboriú da Univali.

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