Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográfica do 

Rio Cubatão, Rio da Madre e Bacias Contíguas

IMPORTÂNCIA DO PRH PARA A AGRICULTURA Destaque

23/03/2018

Como a agricultura e o Plano de Recursos Hídricos se relacionam?

Da escolha das melhores sementes à correta adubação do solo, do controle de pragas à instrumentalização necessária, o agricultor é o principal responsável pelo sucesso de uma safra, independentemente de seu tamanho. Para isso, ele toma uma série de decisões, entre elas, por exemplo, definir o tipo e a quantidade de irrigação que será necessária para cada tipo de cultivo. Fatores como esse colaboram, em maior ou menor medida, para a produtividade e a qualidade dos alimentos e para a economia de produtores e municípios. Por outro lado, sabe-se que o uso desordenado e inconsciente de nosso principal bem - a água - pode acarretar danos não só aos produtores e à sociedade como um todo, mas ao meio ambiente. E é nesse ponto que reside a importância da participação de todos na construção de um Plano de Recursos Hídricos (PRH), uma vez que é através dele que produtores e demais setores estabelecerão, consensualmente, as diretrizes para o uso inteligente e sustentável dos recursos hídricos disponíveis.

O setor agrícola da região contemplada pelo PRH das Bacias dos Rios Cubatão, Madre e Bacias Contíguas utiliza-se de métodos variados para a irrigação das terras de plantio, dentre os quais destacam-se os que se dão por meio de aspersão (que se faz pela divisão de um ou mais jatos de água em uma grande quantidade de pequenas gotas no ar, que caem sobre o solo na forma de uma chuva artificial) e inundação (que envolve a divisão do terreno em unidades menores, limitadas por pequenos diques ou taipas, de modo que cada uma, de superfície quase plana, denominada de quadro, quarteirão ou tabuleiro da lavoura, forme um compartimento onde é colocada uma lâmina de água para se infiltrar no solo). Outros métodos, como molhação, gotejamento, regas manuais com utilização de regadores, baldes, mangueiras e latões, também fazem parte do cotidiano dos agricultores.

Segundo levantamento feito pela equipe técnica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2012 e 2015, as cidades de Águas Mornas, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz têm a banana como produto destaque de sua lavoura permanente, que é aquela que, como o próprio nome diz, permanece mesmo após a colheita porque a plantação ainda tem vida útil, ou seja, pode voltar a produzir. Santo Amaro da Imperatriz se destaca ainda pela plantação de maracujá. Ambas culturas (banana e maracujá) necessitam de métodos adequados de irrigação, como aspersão e gotejamento. Além desses frutos, somam-se ainda os cultivos de tangerina, bergamota, mexerica, limão, palmito, entre outros.  

Quanto às lavouras temporárias, que são aquelas de curta duração (via de regra, menor que um ano) e que necessitam de novo plantio após cada colheita, o estudo apontou que a cultura de arroz (em casca) é a que obteve os maiores valores correspondentes à magnitude das áreas colhidas em hectares, sendo que a unidade territorial que comporta maior produção dessa cultura no período analisado é Paulo Lopes, onde 1.250 hectares são plantados anualmente. O estudo aponta ainda para a existência de cultivos de mandioca, milho, cana-de-açúcar, amendoim, sementes de arroz (produzidas para plantio), cebola e batata inglesa.

Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios que compõem a Bacia ser composto, principalmente, pelo setor de serviços, seguido pela indústria - a agropecuária continua sendo vital para centenas de famílias e impacta a economia da região. Por isso, é urgente que todos os setores da sociedade participem ativamente da elaboração do Plano. Sindicatos, pequenos e grandes produtores, empresários, ambientalistas, ONG’s etc - todos são fundamentais para que a atual geração e as próximas tenham água e comida na medida certa, com respeito ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

O PRH das Bacias dos Rios Cubatão, Madre e Bacias Contíguas está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) em parceria com o Comitê Cubatão e com o apoio técnico da UFSC.

 

Parceiros Parceiros Parceiros Parceiros

(48) 3665-4200

Horário de Atendimento:

2a a 6a | 12h às 19h

Rod SC 401, km5, 4756 Ed. Office Park, bl. 2

Saco Grande, Florianópolis CEP 88032-00