Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográfica do 

Rio Cubatão, Rio da Madre e Bacias Contíguas

O DESAFIO DE NOVAS RELAÇÕES - SOCIEDADE-NATUREZA NO SÉCULO XXI Destaque

26/01/2018

As possíveis soluções à atual crise de civilização através do desenvolvimento sustentável, temos que buscá-las no próprio sistema social, e não em alguma mágica tecnológica ou de mercado. Convém ter sempre presente que em situações de extrema pobreza os indivíduos excluídos da sociedade, não possuem compromisso algum para evitar a degradação ambiental, se a sociedade não é capaz de impedir sua própria degradação como seres humanos. 

Tem razão Clive Lewis quando afirma que: ”o que nós chamamos de poder do Homem sobre a Natureza é o poder de alguns homens sobre outros homens, utilizando a Natureza como seu instrumento.” (Lewis, 1947) Isto implica o reconhecimento de que as situações de degradação ambiental revelam mais que a iniquidade de caráter social e político, como também de distorções estruturais da economia.

Com efeito, assim como as relações de poder são sincrônicas, existe também uma assimetria de poder diacrônica, intergerações. Em outras palavras, cada geração exerce poder (a forma como utiliza a Natureza) sobre as gerações seguintes, enquanto que estas, ao modificar o patrimônio natural herdado, resistem e tentam limitar o poder de seus antecessores.  

Tal processo, repetido indefinidamente, termina por não levar maior poder sobre o mundo natural, e sim o contrário, a uma maior precariedade da sociedade humana. Quanto mais posterior será uma geração e, por definição quanto mais esta viverá em um tempo cada vez mais próximo da extinção das espécies, menor será seu poder sobre a Natureza, ou seja, sua capacidade de exercer poder sobre outros seres humanos.

Os próximos anos irão revelar se a comunidade das nações conseguiu ser suficientemente humilde para reconhecer que o domínio dos seres humanos sobre a Natureza consiste precisamente na vantagem que possuem, acima de todos os demais seres, de ser capazes de reconhecer e respeitar as suas leis.

Valores Ecológicos

“Valores Ecológicos significam comprometimento com a conservação dos recursos e com uma maior simplicidade material e a aspiração a valores mais elevados que a posse material e o consumo. Inculcar esses valores vai exigir mais do que esforços de uma pequena elite de intelectuais para espalhar essa mensagem. Quanto mais pessoas com valores ecológicos se tornem líderes, uma nova era vai começar, na qual o capital atenda às necessidades das pessoas, e não o contrário.” Lu Feng do Departamento de Filosofia da Tsinghua University da China.

Fonte - Dimensões Humanas da Biodiversidade | Autoras - Irene Garay e Bertha K. Becker | Editora Vozes

Por Sandra Eliane Michel - Presidente Comitê Cubatão 

 

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