Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográfica do 

Rio Cubatão, Rio da Madre e Bacias Contíguas

DIÁLOGO E SUSTENTABILIDADE Destaque

23/11/2016

O primeiro comitê de bacia hidrográfica de Santa Catarina reúne seleto público para debater a preservação da água que abastece uma população com mais de 800 mil habitantes

Por William Wollinger Brenuvida, jornalista (5177-SC)

Realizado nesta quarta-feira, 23/11, o Seminário Comitê Cubatão: desafios à segurança hídrica e desenvolvimento sustentável abriu espaço para um amplo debate que foi além dos cuidados com a água no âmbito de uma bacia hidrográfica. O evento que reuniu, na parte da manhã, mais de 100 pessoas, no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Amaro da Imperatriz, também proporcionou a troca de experiências entre técnicos, gestores de instituições públicas e privadas, e estudantes sobre a política nacional e estadual dos recursos hídricos. E se na parte da manhã duas palestras de altíssimo nível conferiram ao evento um espaço para o conhecimento; a exposição do período da tarde proporcionou uma aula interativa, com a participação do público presente. Certamente, diálogo e sustentabilidade se encontraram em Santo Amaro da Imperatriz.

O Seminário Comitê Cubatão: desafios à segurança hídrica e desenvolvimento sustentável foi conduzido pela presidente do Comitê Cubatão, Sandra Eliane Michel, com apoio dedicado da secretária-executiva Patrice Juliana Barzan. Na parte da manhã, duas palestras e uma mesa de diálogos. A primeira palestra ministrada pelo especialista em conservação, Claudio Klemz, da The Nature Conservancy Brasil (TNC), teve como tema: “Segurança hídrica: implantação de projetos no Brasil e América Latina”. A segunda palestra realizada por Devanir Garcia dos Santos, Gerente de Uso Sustentável da Água e do Solo, da Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou o tema: “Programa Produtor de Águas”. Os palestrantes trouxeram dados e informações importantes sobre a situação de rios e bacias, apontando caminhos para um trabalho integrado entre órgãos e associações civis em nossa Bacia Hidrográfica.

Na parte da tarde, o analista técnico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS), Robson Luiz da Cunha, apresentou, passo a passo, as maneiras para participar do Cadastro Estadual de Usuários de Recurso Hídricos. O espaço interativo foi além da técnica, provocando debates sobre a participação da população na preservação da água em toda Bacia Hidrográfica, possui mais de setecentos quilômetros quadrados de área, e é formada por quatro municípios: Águas Mornas, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.

O evento ainda contou com a presença Raul Panstein, representando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santo Amaro da Imperatriz; Edson Ricardo Rachadel, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Amaro da Imperatriz; Jaqueline de Souza, Gerente de Projetos na Diretoria de Mudanças Climáticas da SDS; Idelvino Furlaneto, do Fórum Permanente das Águas da Assembleia Legislativa de Santa Catarina; Carlos Rogério da Silva, representando o Município de São Pedro de Alcântara; e Gilson Peitter Testoni, da Secretaria de Tributação e Fiscalização e coordenador da Defesa Civil do Município de São Pedro de Alcântara.

O Comitê e a bacia do Cubatão
Criado por meio do decreto 3.943, de 23 de setembro de 1993, o Comitê Cubatão foi o primeiro comitê de bacia estabelecido no Estado de Santa Catarina. A área de atuação compreende a bacia hidrográfica do Rio Cubatão e seus tributários, onde estão inseridos os municípios de Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, e parte dos municípios de São Pedro de Alcântara e Palhoça.

A Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão é de domínio estadual, sendo de elevada importância socioeconômica para região da Grande Florianópolis, pois é responsável pelo abastecimento de água de quase um milhão de habitantes localizados nesta área. A Bacia se situa na região hidrográfica litoral centro do Estado de Santa Catarina. Segunda maior bacia em extensão na região, é aquela que possui a maior densidade demográfica do Estado e as principais atividades econômicas são representadas por pequenas e médias indústrias, pelo turismo, pela produção de hortaliças em determinadas áreas e pela pesca.

Com respeito à qualidade dos recursos hídricos, todos os rios da região apresentam alguma intensidade de poluição, principalmente por despejo de esgoto domiciliar e hospitalar, resíduos domésticos, agrotóxicos, efluentes industriais e acúmulo de sedimentos de solo, sendo está bacia a mais vulnerável por ser o principal manancial da Grande Florianópolis, abastecendo uma população de aproximadamente 800 mil habitantes.

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