Encontro com diversas lideranças teve como principais assuntos em pauta, a viabilização de recursos e contratação do projeto para desobstrução do curso hídrico
O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas participou da reunião que tratou sobre a reabertura do Rio Dragado, que fica entre a Lagoa de Santa Marta e a Lagoa do Camacho. Iniciativa da Secretaria de Pesca do Município de Laguna, o encontro com diversas lideranças aconteceu na tarde da última quarta-feira, dia 20, e teve como principais assuntos em pauta, a viabilização de recursos e contratação do projeto e licenciamento ambiental para execução da obra.
Estiveram presentes no encontro o prefeito de Laguna, Samir Ahmad; o secretário de Estado de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo; bem como representantes da Casa Civil e do deputado estadual Jesse Lopes. A presença de todos foi imprescindível, na visão do presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Woimer José Back, pois conseguiu trazer diversas perspectivas. "Esta é uma decisão importante e que carrega um conflito de interesses. Enquanto Jaguaruna deseja seguir como está, por receio do assoreamento da Barra do Camacho, Laguna deseja a reabertura", explica.
Desta maneira, ficou definido que o Governo do Estado viabilizará recursos, enquanto a prefeitura contratará um projeto e licenciamento ambiental para a retirada dos dois diques que bloqueiam o fluxo da água. "Enquanto Comitê, não temos uma posição a respeito da reabertura ou não. O que defendemos é que seja feito um estudo para embasar tecnicamente o que for feito", frisa Back.
Na reunião, todos os presentes compreenderam, inicialmente, a necessidade da realização de estudo de impacto ambiental, socioambiental executivo, de renda, dos impactos que a obra de abertura pode ocasionar. A partir dos estudos e a aprovação, será possível definir o órgão licenciador e a técnica de intervenção que será utilizada, assim, o Governo do Estado terá condições de viabilizar o recurso e iniciar a obra.
Além do presidente do Comitê, o coordenador da Câmara Técnica de Defesa Civil, Bruno Sodré, e a técnica em Gestão Hídrica do ProFor Águas Unesc – equipe técnica que presta suporte ao órgão – Mhaiandry Benedetti Rodrigues Mathias, estiveram presentes.
Sobre o Rio Dragado
Criado na década de 1960, o Rio Dragado tinha como objetivo garantir a circulação de água entre as lagoas de Santa Marta e Camacho. No entanto, o canal artificial trouxe consequências negativas para a Lagoa do Camacho, que sofreu com forte poluição. Por isso, foi fechado antes dos anos 2000. Nas últimas décadas, após essa intervenção, a Lagoa de Santa Marta teve impactos significativos, dentre eles prejuízo à pesca. Por não ter uma saída adequada para o escoamento, os pescadores da região desejam a reabertura do curso d’água, que trará mais oxigenação da água e, consequentemente, auxiliará no desenvolvimento dos peixes.