Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Urussanga

Comitê orienta Prefeitura de Urussanga sobre intervenção

30/11/2019

A proposta de uma intervenção numa parte do trajeto do rio Urussanga sugerida pela Prefeitura de Urussanga foi o tema de uma reunião, no dia 27 de novembro, envolvendo representantes da Defesa Civil do município e do Comitê da Bacia do Rio Urussanga.

Na oportunidade, a Defesa Civil local informou que realizará corte e supressão de rocha no rio Urussanga. A ação, segundo o profissional, integra a Operação Primavera, deflagrada pela Defesa Civil de Santa Catarina com a finalidade de realizar ações de gestão de riscos e de desastres a eventos climáticos. No caso de Urussanga, a justificativa seria o aumento da vazão do rio para reduzir os efeitos das cheias em um bairro específico.

Os representantes do Comitê da Bacia do Rio Urussanga repassaram orientações em relação a intervenção com base em resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e do Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (CONSEMA). O domínio dos recursos hídricos da bacia do rio Urussanga é do Estado, por isso consultas e autorizações competem ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

O Comitê é um órgão colegiado que realiza a gestão de recursos hídricos, contemplando os 10 municípios inseridos na bacia do rio Urussanga. “A reunião foi importante para colocar o Comitê à disposição da Prefeitura no sentido de planejar toda a obra de intervenção na bacia do rio Urussanga e evitar futuros prejuízos a população da bacia”, esclarece a presidente do Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Carla Possamai Della.

Segundo os representantes do Comitê é fundamental que, de forma institucional, a Prefeitura se reporte aos órgãos competentes para autorização dessa intervenção, evitando problemas futuros. A consulta aos órgãos competentes é importante porque a interferência no trajeto do rio Urussanga poderá trazer desdobramentos futuros.

“Com a retirada da laje, o rio vai correr mais rapidamente. Isso significa que, ao ganhar energia, o rio arrastará mais sedimentos, poderá causar erosões nas margens do rio, acima e abaixo da área afetada e alterações na oxigenação da água pelas reações químicas dos metais pesados que influenciarão nos animais e vegetais que vivem dentro do rio, entre outras questões que podem afetar os municípios abaixo deste trajeto. O rio é um todo interligado e qualquer ação vai causar esses desdobramentos de forma imprevisível daqui alguns anos”, finaliza a técnica de gestão de recursos hídricos da Associação de Proteção da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga (AGUAR) à disposição do Comitê Urussanga, Rose Maria Adami.

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