Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Urussanga

Membro do Comitê participa de audiência sobre mineração

10/09/2019

A discussão de questões ambientais relacionadas à extração de carvão em Urussanga foi o tema principal de uma audiência pública promovida pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na noite de segunda-feira, dia 9, na Sociedade Recreativa Urussanga. A ação foi conduzida com foco voltado para um debate sobre as áreas degradadas, desativadas e os efeitos poluidores para a região.
Participaram da audiência, moradores da comunidade de Rio Carvão, representantes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, empresários, profissionais, universitários e população em geral. O secretário executivo do Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Fernando Damiani Preve acompanhou as discussões.
Considerado o maior passivo ambiental de mineração em execução judicial no Brasil, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) em Criciúma, Demerval Ribeiro Viana Filho informou que desde 2000 há decisão da Justiça Federal que obriga as empresas carboníferas a recuperarem mais de 26 mil hectares de áreas superficiais e de subsolo em toda a região Sul catarinense, sendo mais de 800 bocas de mina.
O relatório de monitoramento referente ao ano de 2017 mostrou que Urussanga possui 1.241,96 hectares a serem contemplados com medidas de recuperação. A maior parte deste montante pertence a União, sendo 84,74%.
A contaminação dos rios atinge mais 1,2 mil quilômetros nas bacias do Urussanga, Araranguá e Tubarão. Em 800 quilômetros, o pH está abaixo de quatro, o que impede qualquer tipo de vida nas águas. Para ele, há uma morosidade excessiva na recuperação desse passivo ambiental.
“O papel do Comitê Urussanga é mediar conflitos e trazer o diálogo, principalmente ligados aos problemas referentes às questões hídricas na bacia. Temos o conhecimento das áreas degradadas em recuperação de forma gradativa. É como se fosse uma ferida permanente que nunca cicatriza. Pontos constantemente atacados com águas ácidas. É essencial a mitigação destes problemas antes de levantar a possibilidades de novas instalações de indústrias”, pontua o secretário executivo do Comitê da Bacia do Rio Urussanga, Fernando Damian Preve Filho.

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