Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio das

Antas, Bacias Hidrográficas Contíguas e Afluentes

Catarinenses do Rio Peperi-guaçu

ESTIAGEM ATINGE MUNICÍPIOS DA BACIA DO RIO DAS ANTAS Destaque

14/04/2020

Quinze municípios da bacia já decretaram situação de emergência devido à falta de chuvas

Municípios da bacia hidrográfica do rio das Antas, no Extremo Oeste de Santa Catarina, sofrem com os efeitos da estiagem, que se agravou nos últimos três meses. De acordo com dados das Coordenadorias da Defesa Civil de São Miguel do Oeste e Maravilha, já são 15 municípios da bacia que decretaram situação de emergência: Tunápolis; São João do Oeste; Descanso; Mondaí; Iporã do Oeste; Cunhataí; Flor do Sertão; Iraceminha; Maravilha; Palmitos; Riqueza; Santa Terezinha do Progresso; Saudades; Tigrinhos e Caibí. Outros municípios estão em processo de decretação do estado de emergência, como é o caso de Bandeirante, onde cerca de 600 pessoas foram atingidas diretamente pela falta de água. Tratores com tanques estão puxando água para propriedades para amenizar o problema, enquanto a prefeitura busca uma solução montando um sistema emergencial de captação de água de poços profundos já existentes no município. “A situação se agravou na área rural porque os reservatórios construídos são de fontes superficiais e o Arroio Bandeirante que abastece o município também está com nível de água muito baixo, prejudicando o fornecimento normal de água”, informou Paula Stringhini, Engenheira Agrônoma, que representa Bandeirante no Comitê Rio das Antas.

O setor agropecuário é o mais afetado na maioria dos municípios da bacia com prejuízos na produtividade das pastagens e abastecimento de água para a produção animal, principalmente suínos, aves e leite. Em alguns municípios o abastecimento humano também está comprometido. 

Segundo dados obtidos na página da Epagri/Ciram, os baixos volumes de chuva resultaram em anomalias negativas entre -100 mm e -150 mm no Oeste. Ao mesmo tempo, a previsão climática trimestral para Santa Catarina nos meses de abril, maio e junho é de chuva abaixo da média climatológica, com tendência de ficar ainda mais escassa nos meses de abril e maio, permanecendo no trimestre com as características observadas nos meses anteriores, mal distribuída.

O comitê Rio das Antas tem promovido eventos de capacitação e de mobilização junto as suas entidades no sentido de desenvolver projetos que contribuam para a segurança hídrica da região. Para Alessandra Kieling, engenheira agrônoma, técnica da Ecopef, entidade que assessora os comitês de bacia do Oeste de SC, os eventos de estiagens na região têm sido cada vez mais frequentes. Ela sugere que medidas emergenciais, tais como economia de água em nível de propriedades e residências são importantes no momento, mas é preciso que outras ações de médio e longo prazo também sejam adotadas, como é o caso de recuperação e proteção de rios e nascentes, conservação do solo e da água. “Nas propriedades rurais onde o consumo de água é elevado e que em momentos como esse dependem do abastecimento das prefeituras, como é o caso da produção de suínos e aves, sente-se a necessidade de crédito e investimento na construção de cisternas para a reservação de água”, lembra a engenheira.   

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