Domingo, dia 22, foi comemorado o Dia Internacional da Mãe Terra. A data, instituída em 2009 pela Organização das Nações Unidas (ONU), visa promover uma maior reflexão em torno da harmonia entre economia, sociedade e meio ambiente. Com aproximadamente 4,54 bilhões de anos e mais de 7,5 bilhões de seres humanos vivendo em sua superfície, a Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol e possui a atmosfera ideal para a perpetuação da vida nos moldes como conhecemos. Por outro lado, mudanças climáticas, exploração insustentável de recursos naturais, poluição e outros problemas gerados pelo homem têm colocado em risco as condições que garantiram, até agora, nossa existência e a das demais espécies. A pergunta que se impõe no atual cenário é: além de adotarmos atitudes sustentáveis em nosso dia a dia, como separar o lixo para reciclagem, utilizar sacolas retornáveis, preservar as matas, economizar água e luz etc, de que modo podemos colaborar para que o planeta restabeleça e mantenha seu equilíbrio?
Uma das formas mais interessantes e efetivas de atuarmos nesse sentido é participando dos processos decisórios em torno dos recursos hídricos que temos à nossa disposição, por exemplo. Em nossa região, a Bacia dos Rios Cubatão, Madre e bacias contíguas conta com um Plano de Recursos Hídricos (PRH) que está em plena fase de construção. Atualmente, ele se encontra na quarta etapa (a chamada etapa D), que é quando são feitas as projeções para as demandas hídricas atuais e futuras, buscando soluções para que haja uma situação de equilíbrio quali e quantitativo da água. O Plano está sendo elaborado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS), em parceria com o Comitê Cubatão, através da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Além das reuniões que a equipe de mobilização e educomunicação da UFSC vem fazendo desde março junto às prefeituras, entidades e sociedade civil dos municípios inseridos na Bacia, a partir de maio está prevista a realização de uma série de oficinas participativas. Com o objetivo de discutir e definir consensualmente o enquadramento dos corpos hídricos, ações estratégicas e critérios de outorga e cobrança pelo uso da água na bacia. As atividades serão gratuitas e abertas a toda a comunidade.
De acordo com o engenheiro sanitarista e coordenador da equipe de Mobilização e Educomunicação da UFSC, Eduardo Moure: “essas datas comemorativas são importantes para reconhecermos e valorizarmos a essencialidade desses elementos (água, florestas, biodiversidade, e a nossa querida Mãe Terra) para a sustentação e manutenção de todas as formas de vida. Porém, mais importante que celebrarmos essas datas, é valorizarmos esses elementos todos os dias, e uma das formas de se fazer isso é participando ativamente dos espaços de decisão que nos são de direito, como é o caso das oficinas participativas previstas no Plano de Recursos Hídricos”.
A programação da primeira etapa de oficinas (enquadramento) deverá ser divulgada em breve. Portanto, fique ligado em nossas redes sociais e site, participe das atividades e continue fazendo sua parte para que a Terra se torne um lugar cada vez mais pleno e equilibrado.
