Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográfica do 

Rio Cubatão, Rio da Madre e Bacias Contíguas

DIA DO RIO - 24 DE NOVEMBRO Destaque

24/11/2017

Se quisermos inverter o necrófilo processo de ressecamento da superfície do globo terrestre antes que seja tarde demais, precisamos amoldar nosso estilo de vida à consciência de proteção aos ecossistemas de bacias hidrográficas, destinadas à sustentação da vida e que não comportam desperdícios, poluição e mercantilismo.

Pertencendo a Terra e equitativamente, a todos os seres vivos que nela habitam, a água é deles um direito básico, devendo ser conservada sem poluição e sempre protegida em suas próprias regiões naturais pelos governos locais e cidadãos das respectivas comunidades - longe das políticas econômicas não comprometidas com o princípio da sustentabilidade.

Precisamos envidar esforços para recuperar nossos rios, estuários e lagos, restringindo e evitando o despejo de esgoto e poluição industrial. Precisamos colocar em prática medidas capazes de reduzir o consumo de água residencial e industrial, contribuindo no sentido de desacelerar a retirada de água dos aquíferos. Consta que a água de beber de ¼ da humanidade vem, atualmente, dos lençóis freáticos. Consoante estatísticas da ONU, presentemente carecem de acesso à água potável, mais de 1 bilhão de pessoas, distribuídas em regiões e países acometidos do problema de escassez de água, motivada por lençóis freáticos que secaram, insuficiências de precipitações, contaminações trágicas (vide Mariana), com as terríveis consequências ecológicas e sociais que deste quadro advêm.

O resultado dos louváveis movimentos populares, em suas lutas éticas pelos direitos da água, tem obtido sucesso, pelo revigoramento gradual dos ecossistemas naturais e das comunidades diretamente atingidas. E tornaram-se importantes aliados na estimulação de uma consciência ecológica profunda a expressar-me objetivamente no exercício sustentável da cidadania. Comprova-se, que não bastam atitudes técnicas ou acadêmicas. As políticas ambientais boas e saneadoras devem ser implementadas, efetivamente, no amplo contexto ambiental, biofísico, econômico, político, social e ético pelas instituições, cidadãos e autoridades de todos os países.

Os ecossistemas de bacias hidrográficas e suas fontes sustentam a vida no espaço de sua influência e, em verdade, a vida não tem salvação num planeta sem água. Por isso, devemos aprender a usar sábia e equitativamente os mananciais de água da Terra, e, quando degradados, recuperá-los sob o monitoramento dos membros das comunidades locais e regionais diretamente afetadas, em parceria com os mecanismos governamentais disponíveis que devem esse trabalho a si mesmo e à humanidade, considerando que o acesso à água é um direito fundamental das gerações atuais e futuras. Se a água do mundo será salva para as gerações futuras, isso vai depender do exercício dessa consciência ecológica!

Fonte - Álvaro Wandelli Filho - FRC - Desembargador aposentado do TJSC e Professor da Escola Superior de Magistratura de Santa Catarina

Por Sandra Eliane Michel - Presidente Comitê Cubatão

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