Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográfica do 

Rio Cubatão, Rio da Madre e Bacias Contíguas

COMITÊ CUBATÃO PROMOVE MAIS UMA BEM SUCEDIDA AÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Destaque

21/09/2016

Aproximadamente 80 mudas nativas são transplantadas em local onde funcionava um lixão. Ação envolveu voluntários de diversas instituições como apoio decisivo da comunidade escolar

Por William Wollinger Brenuvida, jornalista

A professora Sirlei Locatelli ajudou na orientação dos alunos, dos pais de alunos, e também plantou árvores. Fez mais. A professora pediu uma árvore para a escola. Indiquei uma árvore que gosto muito, que plantei muito, e já vi florescer: a quaresmeira. Na Mata Atlântica, a quaresmeira ou flor de quaresma (tibouchina granulosa) apresenta um porte pequeno, com copa arredondada, galhos finos e uma floração exuberante. A professora Sirlei e os mais de 20 alunos presentes à ação de plantio, no bairro Caldas da Imperatriz, em Santo Amaro, nessa manhã, tiveram uma especial ocasião para comemorar: hoje é 21/9, dia da árvore.

O plantio reuniu gente compromissada com o meio ambiente. Havia gente do Comitê Cubatão, da comunidade escolar, da Epagri, também, da prefeitura. Mas, o mais importante mesmo foi notar que apesar das representações instituições, algumas pessoas estavam ali fora de horário de serviço, numa forma de contribuir com a natureza, com a cidade, com a formação daquelas crianças que vão compreendendo os motivos de uma atividade socioambiental. E sim, quando deixamos o discurso que nos angustia: atrás da mesa do computador, tablet ou celular. Quando deixamos um pouco as atividades burocráticas de nossos gabinetes e salas de reuniões. Quando nós vamos. Um nós coletivo, sem medo da violência da velocidade que nos oprime a cada nova invenção tecnológica. Quando vamos sentir o cheiro da relva, ouvir e tocar o rio, conversar e trocar experiências e vivências com outras pessoas. Quando intervimos em uma praça, pintando a vida, plantando árvores. Isso é prática social.

Aprender-apreender
Entre as árvores transplantadas tínhamos uma grande variedade de espécies: aroreira vermelha, araçá, bacupari, baguaçu, cabriuna, canjerana, caroba, chal-chal, cortição, coqueiro jerivá, gabiroba, grumixama, garapuvu, ingá feijão, ipê amarelo e roxo, pacari, pitanga, e a quaresmeira roxa. A ação de plantio realizada pelo Comitê Cubatão em parceria com a Secretaria Municipal da Educação e Setor de Arquitetura e Urbanismo recebeu, em doação, 220 mudas. Transplantamos aproximadamente 80 mudas, com apoio dos alunos, professores e demais apoiadores. As mudas cabem no projeto da arquiteta e urbanista Daniela Machado, que pensou um novo ambiente para o espaço que antes de ser pensado como uma praça era um lixão.

À medida que as árvores iam sendo transplantadas, eram os alunos que as batizavam com seus nomes ou nomes de pessoas conhecidas. O técnico da Epagri Gerson Gesnner e outros participantes realizaram uma atividade de aprender-apreender, explicando o motivo do plantio, os nomes das mudas, e o significado do plantio para a proteção da água. Aprender é importante porque somamos conhecimentos, mas a apreensão de sentidos nos dá a dimensão de como nós, independente de idade, nós enquanto sujeitos, nós somos afetados pela língua e pela história. A escola passa a ter um papel decisivo na formação discursiva do aluno, que vai aprender-apreender a natureza, a preservação dos recursos hídricos para uma sociedade onde a água é um recurso natural de todos, e para todos.

As mudas foram doadas pela Casan, que tem cadeira no Comitê Cubatão. Aquelas mudas que não foram transplantadas na área pública cedida pelo poder público municipal foram destinadas a TODA Rafting, que possui uma propriedade próxima ao Rio Cubatão. Os empreendedores da TODA Rafting se responsabilizaram por repovoar áreas de mata ciliar do Rio Cubatão.

Solidariedade ambiental
Para Sandra Eliane Michel, presidente do Comitê Cubatão, só ama quem conhece. Ela diz isso enquanto olha. Olha admirada para algumas cachoeiras e corredeiras do Rio Cubatão. Na atividade da manhã desta quarta-feira, 21/9, dia da árvore, dona Sandra como é chamada pelos membros do Comitê Cubatão teve a parceria, além daqueles já nominados aqui, da secretária executiva Patrice Juliana Barzan, membro representante da Companhia Catarinense de Água e Saneamento; do biólogo Rafael Roma Pasin, do programa SC Rural; da técnica administrativa Caroline Ramos Proença; da representante do Contur Claudia Laurent, e deste jornalista que sempre observar um traço de solidariedade e prática socioambiental quando a comunidade escolar se envolve direta e indiretamente no fluxo da linguagem: a linguagem da água, fluxo da vida.

Em tempo: Os técnicos do Comitê Cubatão Letícia Scoz, engenheira ambiental e sanitarista e Tiago Manenti Martins, no momento do plantio estavam ministrando palestras na Escola Básica Municipal Vila Santana, no Sul do Rio. Já a bióloga Aline Luiz Tomazi cuidava da operação de novas atividades para o Comitê Cubatão. Trabalho em equipe, solidariedade ambiental.

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