Comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do 

Rio Canoinhas

Membro do Comitê Canoinhas e Afluentes do Rio Negro aborda Eventos Hidrológicos Críticos em Capacitação Destaque

28/10/2020

O Sargento Bombeiro Clodoaldo Ribas dos Santos, da Defesa Civil da região de Canoinhas foi um dos palestrantes do último encontro da Capacitação Conjunta dos Comitês do Planalto de Santa Catarina. Na ocasião, Santos apresentou como a Defesa Civil opera e as características dos Eventos Hidrológicos Críticos.

Segundo o Sargento, tais fenômenos se caracterizam pelo excesso ou falta d’água, podendo estar acompanhados de vento, granizo ou raios. Os Eventos possuem potencial de causar danos e destruição para as regiões atingidas, seja na infraestrutura de casas e prédios ou mesmo no saneamento básico de populações.

Conforme estudo feito pelo Coordenador de Proteção e Defesa Civil Regional Xanxerê, Luciano Peri, o qual reúne dados para escrever um livro sobre eventos hidrológico extremos, Santa Catarina possui a maior diversidade de desastres do Brasil. “O estado é a segunda região do mundo com maior probabilidade de ocorrência de tempestades severas. Além disso, possui a maior perda per capita por quilômetro quadrado no Brasil, em decorrência de seguidos eventos críticos”, destacou Santos, em referência ao estudo de Peri.

Além disso, Santa Catarina se caracteriza como o terceiro estado do Brasil onde mais ocorreram fenômenos nos últimos anos. “Dos 50 municípios brasileiros com maior número de desastres, 37 estão localizados no estado”, observa Santos.

Números recentes reforçam situação

Em 2017, o Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (Ceped) da UFSC, com o apoio do Banco Mundial divulgou uma análise observando Santa Catarina como o terceiro estado do país mais impactado por danos materiais e prejuízos financeiros, em um intervalo de duas décadas, devido às forças da natureza. As despesas nas cidades catarinenses somaram R$ 17,6 bilhões entre 1995 e 2014.

Os fenômenos mais frequentes foram os relacionados ao excesso de chuva, em especial as enxurradas, as quais somaram 907 ocorrências. Estiagem ou seca também figuraram entre os números, especialmente na região Oeste, com 823 casos.

A situação prejudica ainda mais a agricultura do Estado. Além disso, o cenário atual de estiagem tende a ser agravado, segundo observações da Epagri/Ciram, destacadas pelo Secretário Executivo do Comitê Canoinhas e Afluentes do Rio Negro, Donato João Noernberg, no final do mês de setembro. A Presidente do colegiado, Mariane Murakami ressalta a importância de entender os impactos dos desastres naturais. “Eventos como as secas extremas e inundações estão relacionados aos usos da água ou a falta dela. E o Comitê está diretamente ligado em decisões para a utilização desses recursos hídricos da melhor forma”. Além disso, segundo Mariane, a discussão também auxilia na criação de políticas públicas, estratégias e planos de ação, os quais podem ser realizados pelos colegiados.

Capacitação Conjunta

A fala do Sargento fez parte do segundo encontro da capacitação oferecida pela Entidade Executiva APASC e Comitês Timbó, Canoas-Pelotas e Canoinhas e Afluentes do Rio Negro. Também participou o Vice-presidente do Comitê Antas, Anderson Rhoden, o qual explanou sobre o Plano de Bacia desenvolvido pelo colegiado. O Pesquisador e Coordenador da Sala de Situação da Epagri/Ciram, Guilherme Xavier de Miranda Junior foi o último palestrante e destacou as ações e estudos desenvolvidos pela entidade.

Fonte: Assessoria de Comunicação APASC a serviço do Comitê Canoinhas e Afluentes do Rio Negro.

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